segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Para pensar

“Cada um vê aquilo que sabe”

                Ninguém ignora que um bom impressor quando encontra um livro novo observa a capa e contracapa, abre-o acompanhando a folha com a mão, observa os caracteres tipográficos, como estão dispostos e de que tipos são e se são originais ou de uma fundição secundária, observa e critica o papel, a encadernação, vê se a lombada do livro é redonda ou quadrada, como começa o texto (a altura), como são as margens, como são os parágrafos, como está disposta a numeração e muitas outras coisas. Um leitor que nada saiba de imprensa lê o título e o preço, compra e depois lê o livro, mas se lhe perguntais que tipo de letra tem o título não sabe dizê-lo, não lhe interessa. No seu mundo privado de imagens não existem pontos de contacto com estas coisas que não conhece; ele nem sequer viu de que tipo de caractere tipográfico se tratava.
                Conhecer as imagens que nos rodeiam significa também alargar as possibilidades de contacto com a realidade; significa ver mais e perceber mais. É muito interessante, por exemplo, ver as estruturas das coisas, mesmo na parte que está à superfície, aquilo a que se chama “textura”, isto é, a sensibilização (natural ou artificial) de uma superfície, mediante sinais que não alterem a uniformidade. Uma folha de papel branco apresenta uma superfície pouco interessante se é lisa, mais interessante se é rugosa, ainda mais interessante se as rugosidades têm um andamento estrutural reconhecível como, por exemplo, os poros da pele que dão, como comunicação visual, a ideia da pele. Pense-se nas peles dos animais, das lagartixas ao crocodilo, pensa-se na casca das árvores, na parede rebocada, no cimento martelado. Cada coisa que o olho vê tem uma estrutura de superfície própria e cada tipo de sinal, de granulosidade, de filamento, tem um significado bem claro (tanto assim é que se víssemos um copo com uma superfície de pele de crocodilo não parecia normal).

Bruno Munari, Design e Comunicação Visual, p. 10-20.


segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Principais aprendizagens 07/11/2016

Principais aprendizagens de hoje:
1- Criação de QR code;
2- Leitura de QR code;
3- Saída a campo para apreciação da paisagem do quarteirão e busca de um tema para fotografia.

Criando um QR CODE


TEXTURAS NATURAIS

        Essa pequena seleção de fotos tem como objetivo explorar texturas e cores no lugar observado com o foco num olhar artístico.
         Nuances de marrom, verde, amarelo e cores neutras, num degradê que traz uma sensação de paz, tranquilidade e natureza. Folhas verdes e secas, grama, folhagens, troncos diferentes, frutos caídos no chão, flores caídas... A simplicidade expressa em fotos.
             Esta galeria poderá ser trabalhada com os alunos de diferentes idades com foco na apreciação e posterior saída a campo para que cada aluno possa explorar o seu olhar por meio da fotografia e coletar materiais para um trabalho artístico com o foco nos projetos que estão sendo trabalhados pelo professor. Exemplos: oficina de artes, vegetação, projeto horta, ecossistema, entre outros.